Atualmente muito se ouve sobre novos modelos de negócio que compartilham os bens e serviços a favor de uma comunidade. Empresas que surgiram do conceito de compartilharem bicicletas, carros e casas assim como séries de televisão e filmes. Esses tipos de empresa exercitam o que chamamos de Economia Compartilhada, também conhecida como economia colaborativa, que são atividades voltadas para a produção de valores a partir do uso comum de bens, espaços e instrumentos, com ênfase no uso e não na posse.
Surgiu de um movimento minimalista que descarta a posse de bens, exceto os essenciais, e é totalmente oposta aos valores da sociedade de consumo do século XX, voltada à acumulação de bens. Podemos falar que a economia compartilhada visa conectar pessoas que possuem os mesmos interesses ou que possam oferecer aquilo que o outro necessita.
De acordo com o livro “Economia Compartilhada”, de Robin Chase, esse modelo de negócio cria “uma estrutura que usa todos os recursos de todas as partes interessadas com eficiência”. Ou seja, a premissa é o uso eficiente dos recursos.
E o que seria a Melhoria Contínua se não a busca pela eliminação de desperdícios que tornam mais eficientes os usos de nossos recursos, contribuindo assim para os compartilharmos com outras partes interessadas?
As práticas de Melhoria Contínua surgiram no Japão pós Segunda Guerra Mundial para auxiliar as empresas japonesas a se recuperarem após sofrerem com tanta destruição. Na época, o governo japonês iniciou um projeto na área de administração e gestão visando reestruturar a economia e os processos industriais para que as empresas japonesas voltassem a ser competitivas no cenário internacional. Aplicando os métodos criados nessa época, até hoje as organizações passam a fazer um uso mais sábio dos recursos, abrindo oportunidades de otimização e inovações.
Alguns exemplos de aplicação dessas práticas nas empresas são os estudos estatísticos para redução de defeitos em produtos assim como a otimização de rotas de caminhões para reduzir tempo e custo das atividades logísticas.
Robin Chase também disse em seu livro que a prática da economia compartilhada revoluciona as regras de criação de valor, pois recursos compartilhados possibilitam as maiores eficiências e mentes pensando juntas criam as maiores inovações. Logo vemos esses dois conceitos apresentados convergindo para criarem as empresas do futuro. Empresas que, aplicando as práticas de melhoria contínua poderão ser tão eficientes ao ponto de enxergarem novas possibilidades de aplicação dos seus recursos e praticarem o compartilhamento de seus bens e serviços.