O termo sustentabilidade está em voga no mundo corporativo. Porém, poucos sabem o que significa, o que torna a relação entre o meio ambiente e a empresa ainda mais desafiadora, exigindo novos conhecimentos para compreender e harmonizar o chamado “tripé” da sustentabilidade: economia, social e meio ambiente. Portanto, não se trata apenas de deixar de consumir ou explorar os recursos da natureza, uma vez que é algo inerente à sobrevivência humana. É preciso a mudança de mentalidade para que o consumo seja consciente, socialmente justo e economicamente viável.
No entanto, para que essa nova mentalidade seja veiculada é fundamental a presença de um agente de educação ambiental para desenvolver um plano de ações de imediato, porém com resultados a longo prazo. Já que o papel do educador ambiental é justamente fomentar o equilíbrio entre empresa, homem e meio ambiente.
Em abril de 1999 foi criada a lei nº 9.795, conhecida como Lei da Educação Ambiental, trazendo o seguinte conceito: “Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. Logo, o seu intuito é ampliar a conscientização da importância de prezar pelo meio ambiente, seja dentro das escolas, das universidades, da mídia ou no ambiente empresarial.
A educação ambiental nas empresas era vista inicialmente apenas como um instrumento para cumprimentos no âmbito legal, de caráter obrigatório. Hoje, se utilizada de forma inteligente e eficaz, torna-se estratégia de competitividade, impulsionando o sucesso organizacional através da sensibilização do público interno e externo para o despertar de reflexões que induzem a um novo ciclo de vida coerente ao que tange à preocupação ambiental.
Para se tornar um educador ambiental é necessário trilhar caminhos de identificação e construção da identidade do educador ambiental, repensando em suas atitudes e agindo de maneira adequada aos princípios ecológicos (Carvalho, 2004).
O objetivo é sensibilizar pessoas levando informação, para então, desenvolver dentro das empresas colaboradores mais engajados com as questões ambientais. Estes, por sua vez, tornam-se disseminadores do conhecimento obtido, tornando a consciência ambiental um dos alicerces da empresa. Para tanto, é necessário o investimento constante em ações, palestras, cursos, projetos socioambientais e estratégias de comunicação interna e externa. Propagando para além dos funcionários, clientes, sócios, acionistas, governo e a sociedade em geral.
Os impactos positivos dentro das organizações envolvem desde a redução de custos com a adoção de práticas sustentáveis na minimização de impactos ao meio ambiente a influenciar diretamente na prevenção da poluição, promovendo uma imagem mais atraente para o mercado. Visto que, investir na sustentabilidade empresarial é um diferencial que enaltece os valores da marca, mostrando que é possível aliar a preocupação com o bem-estar socioambiental e ainda gerar bons resultados econômicos, integrando responsabilidade ambiental e social.
A atuação do educador ambiental nesse cenário torna-se um trabalho árduo e constante que quando feito com êxito obtém-se colaboradores comprometidos e engajados com os valores da organização; melhoria da imagem e posicionamento de marca; obtenção de certificações (ISO); coerência com os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável); selos dados para empresas que se posicionam no mercado com consciência sustentável (ESG); maior competitividade frente à concorrência; diminuição dos impactos ambientais; rumo a um futuro promissor e sustentável, zelando também pelas gerações futuras.
Deste modo, apesar dos diversos desafios e entraves à atuação do educador ambiental no contexto empresarial é peça essencial no impulsionamento de uma cultura pautada no desenvolvimento sustentável composta por pessoas responsáveis por difundir os ideais que regem a sustentabilidade para além das portas da empresa, gerando um impacto positivo perante toda a sociedade como verdadeiros agentes da mudança.