Indicadores operacionais como eficiência de produção, disponibilidade de máquinas e equipamentos, qualidade do produto ou serviço, são algumas métricas que devem ser medidas e controladas e que traduzem, para a direção de uma empresa, se o caminho adotado está em conformidade ou não com o planejamento estratégico e tático. Para isso, além do know how do negócio e o importante investimento aplicado, empresas precisam contar com colaboradores comprometidos, proativos, e dispostos a contribuir, com visão sistêmica, para o alcance das metas.
Na rotina diária de trabalho, encontramos colaboradores motivados e dedicados, que possuem clareza de suas tarefas e responsabilidades e, assim, produzem mesmo quando não há a observação contínua de um gestor imediato. Por outro lado, há outros que fazem exatamente o inverso.
Parece óbvio, mas vale reforçar: em momentos de crise ou não, não estar comprometido significa não produzir no mais alto nível possível.
Diante disso, um ciclo se apresenta:
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Se não produzo, não atinjo resultados;
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Se não atinjo resultados, os números da empresa são afetados negativamente;
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Se a empresa não performa como esperado, efeitos possíveis são: falta de capacidade integral para investir em tecnologia, desenvolver equipes, otimizar processos, dentre outros fatores que podem aumentar o risco do negócio e afastar investidores (atuais ou potenciais);
O fato é: toda empresa foi feita para dar resultado, e a participação de cada colaborador, independente do nível hierárquico, é fundamental para este objetivo.
Perceba o seguinte: quanto mais faço, melhor fico. Quanto melhor fico, mais me destaco. E assim, o que é de minha responsabilidade, aquilo que eu controlo, e que está alinhado à expectativa da empresa, estará cumprido.
Compromisso de um, compromisso de todos! Mais bonito falar do que fazer, certo?
É comum ouvirmos nas empresas frases como: “Se precisar de qualquer coisa, é só falar”. Mas o que acontece realmente quando surge uma demanda não prevista em sua rotina e que não influencia diretamente no resultado da sua área? Há de fato a capacidade de abdicar do seu resultado em favorecimento do outro, mesmo que este faça parte da mesma empresa que você? Não tenha pressa na resposta. Todo este artigo, na verdade, não sugere qualquer verdade absoluta, apenas uma reflexão sobre responsabilidade. Afinal, qual é a sua?
Um estudo apresentado no livro de Jack Welch – influente e decisivo CEO da General Electric na década de 1980 – Prazer em Vencer, sugere gerenciar as pessoas das organizações, resumidamente, da seguinte forma:
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Premiar os 20% melhores;
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Manter os 70% com desempenho médio;
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Dispensar os 10% com pior desempenho.
Novamente reflita, em qual destes grupos você está? Quais são as atitudes e comportamentos, não os que você gostaria de ter, mas os que tem, que configuram esta sua percepção? E em qual grupo você desejaria estar? Hoje, o que te impede de estar nele? Perceba: quando algo dá errado, mais simples do que assumir, é responsabilizar o outro pelo seu resultado, seja o outro quem for.
Ao longo dos anos, aprendi que tudo o que conquistei ou que me acontece, positivo ou negativo, é de minha responsabilidade. Quando compreendo esta questão, culpar algo ou alguém deixa de ser uma opção. Ao passar a viver esta realidade, o aumento de potência e capacidade pessoal para realizar aumenta significativamente. (Se de tudo o que leu até agora, conseguir reproduzir essa mesma realidade, papel cumprido).
Para concluir, o framework SCRUM, metodologia ágil aplicada na gestão de projetos, sugere que façamos, diariamente, três perguntas antes do início de suas atividades. Destacarei apenas duas:
A primeira, o que fiz ontem que ajudou a equipe a cumprir a meta? Perceba: não importa o porquê, não há intenção de gerar culpa. A segunda, o que farei hoje para que nos aproximemos ainda mais da meta? A partir daí, seja qual for a sua decisão, a responsabilidade é sua!