Comemorado anualmente em 22 de março, o Dia Mundial da Água promove diversas reflexões sobre a importância de agir em prol da preservação desse precioso recurso. Por mais que não seja própria para consumo doméstico, a água do mar é essencial para o equilíbrio do ecossistema e, consequentemente, para a vida na terra. Entretanto, estima-se que todos os anos, cerca de 13 milhões de toneladas de resíduos plásticos sejam despejados nos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, de acordo com informações divulgadas pelo site Um Só Planeta

O portal também divulgou algumas informações da ONG Ocean Conservancy, os dados são impressionantes: no período entre julho e dezembro de 2020, foram recolhidos quase 110 mil unidades de detritos, sobretudo EPIs como máscaras e protetores faciais. Aproximadamente 75% de todo o material recolhido era descartável.  A ação humana faz com que os resíduos sejam erroneamente destinados ao mar. Veja outros números:

  • 94% dos voluntários que trabalharam em limpeza de praias reportaram ter encontrado Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 
  • Aproximadamente 75% do material encontrado era descartável.

 

Para completar, alguns dados divulgados recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o plástico representa cerca de 85% dos resíduos que chegam aos oceanos e alertam que o volume desses resíduos pode triplicar até 2040 caso nada seja feito. A quantidade de plástico nos oceanos pode chegar a 37 milhões de toneladas, é como se tivéssemos o equivalente a 50 kg de plástico para cada metro de costa no mundo.

Os prejuízos causados pelo plástico nos oceanos

Além de prejudicar a vida marinha, os resíduos plásticos também afetam a economia. Atividades como pesca e turismo já acumulam prejuízos que podem chegar ao equivalente a 100 bilhões de dólares em 2040. E não para por aí: uma pesquisa divulgada em 2018 pelo site Conexão Planeta revelou que 11,1 bilhão de resíduos plásticos estão enroscados em recifes de corais. O contato do plástico com essa espécie aumenta de 4% para 89% a probabilidade de os corais fiquem doentes. Estima-se que até 90% das aves marinhas e 52% das tartarugas marinhas atualmente tenham ingerido plástico (dados divulgados pelo Projeto Colabora).

Essa poluição marítima faz com que nós, humanos, consumamos pequenas partículas de plástico. Um estudo da revista científica Environmental Science and Technology, divulgado em 2019, revelou que um homem adulto ingere uma média de 52.000 micropartículas plásticas por ano.


Como resolver o problema dos plásticos no oceano?

A destinação correta dos resíduos é a solução que pode mudar o panorama atual. Assim, por meio de um processo de logística reversa, o plástico pode ser reciclado ou valorizado e se tornar matéria-prima para a produção de novos produtos. Para se ter ideia, em 2019, foram gerados 11,3 milhões de toneladas de plástico aqui no Brasil, porém, apenas 145 mil foram recicladas, cerca de 1,3% do total.  A média global é de 9% de reciclagem, o que nos posiciona bem abaixo no ranking. 

Há várias iniciativas para minimizar o impacto dos plásticos nos oceanos, uma delas foi capitaneada pela Adidas, que lançou um tênis em parceria com a ONG Parley for the Oceans. Feito 100% com plástico retirado do oceano, o modelo Primeknit vendeu cerca de 6 milhões de unidades até 2019. 

Valorização de resíduos sólidos no Espírito Santo

Aqui, na Marca Ambiental, contamos com o Parque de Ecoindústrias, formado por diversas empresas abrigadas que reciclam e valorizam diversos tipos de resíduos. Uma delas é a Recicla que atua na reciclagem de plástico, transformando-o em matéria-prima para a fabricação de novos produtos, o que gera valor para o meio ambiente e promove a sustentabilidade da indústria do plástico. Além disso, desenvolvemos trabalhos de educação ambiental, a fim de reforçar valores e despertar a consciência ambiental na sociedade.

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