No ano de 2020, o Brasil reciclou cerca de 97,4% das latas de alumínio que entraram no mercado, um recorde, de acordo com conteúdo divulgado no site do Governo Federal. Entretanto, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), apenas 4% dos resíduos sólidos urbanos coletados no Brasil passam por processos de reciclagem. O número é pequeno, haja vista que o país produz cerca de 79,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano.
A logística reversa de resíduos é uma das alternativas para evitar que materiais descartados incorretamente possam poluir recursos naturais como solo e água. Quer saber mais? Continue a leitura.
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Resíduos no Brasil
Um estudo divulgado pela World Wildlife Fund (WWF) revelou que o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo. A coleta seletiva é uma excelente solução, porém, o serviço ainda não alcança todos os municípios do país. De acordo com o relatório de 2018 da ONG Compromisso Empresarial de Reciclagem (Cempre), apenas 17% da população brasileira é atendida pela modalidade.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, por meio da Lei Federal Nº 12.305, contém importantes avanços para enfrentamento dos problemas ambientais. Um dos instrumentos contidos na regulamentação como solução é a logística reversa.
Logística reversa de resíduos sólidos
O conceito de logística reversa de resíduos sólidos é definido como conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos ao setor empresarial para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Ações de logística reversa são quando empresas, assim como nós, da Marca Ambiental, providenciam a destinação correta de resíduos que poderiam contaminar solo, água e ar. Para se ter ideia da importância, se apenas um litro de óleo lubrificante for descartado indevidamente, é possível contaminar cerca de 1 milhão de litros de água.
Um outro exemplo é do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, que transforma restos de alimentos e de poda de grama em adubo. Já os recicláveis coletados vão para cooperativas de resíduos. Hoje, 74% dos resíduos são valorizados e ganham nova utilidade.
A Resolução Conama 401/2008 regulamenta estabelecimentos de todo o Brasil que comercializam pilhas e baterias, esses locais devem receber dos consumidores tais resíduos e enviá-los para a destinação ambientalmente adequada, de responsabilidade do fabricante ou importador. Por isso, em alguns pontos de venda podemos encontrar urnas de coleta.
Ecoindústrias de reciclagem
Aqui, na Marca Ambiental, desenvolvemos um trabalho no Parque de Ecoindústrias que valoriza os resíduos. Materiais que antes poluíam o meio ambiente hoje são valorizados.
Um dos exemplos é a Green Vix, parte da Central de Tratamento de Resíduos da Marca Ambiental (CTR Marca), que é especializada em vidros. Independentemente de cores, tipos e tamanhos, o material pode ser 100% reciclado e, por ser facilmente maleável, é derretido e transformado em outros produtos, como novas garrafas, potes, copos e afins.
Na PneuVix Ambiental, 100% do pneu inservível é reciclado e seus constituintes básicos, reintroduzidos no mercado na forma de energia e coprodutos.
A BioMarca beneficia o óleo de fritura pós-consumo para que seja reaproveitado na fabricação de sabão, plantas de produção de biodiesel, curtumes, entre outras.
Para conhecer mais o trabalho das Ecoindústrias, clique aqui.