A reciclagem deixou de ser uma pauta corriqueira para se tornar uma urgência nos dias de hoje. Especialmente no Brasil, onde as leis precisam ser melhor direcionadas (sobretudo a urgência de promover uma melhor gestão dos resíduos pelos municípios, contribuindo assim para um meio ambiente mais saudável) para garantir a prosperidade das próximas gerações, o resíduo é um problema central a ser solucionado. A partir disso, a reciclagem é uma das formas mais eficazes de frear a poluição decorrente dos resíduos que vem ocorrendo nas últimas décadas, algo que não é mais aceitável, atrelado com campanhas de consumo consciente, no sentido de tornar as pessoas mais sensibilizadas.
A Marca Ambiental, pioneira no descarte correto de resíduos e no retorno à cadeia produtiva desses itens, possui inúmeras soluções para todos os tipos de “lixo”. Afinal de contas, não existe “jogar fora” quando estamos todos num mesmo ambiente, no mesmo planeta. De alguma forma, os resíduos sempre retornam, e, quando descartados da forma incorreta, impactam diretamente as pessoas e o meio onde vivem.
Sendo assim, entenda um pouco mais sobre como é o panorama da reciclagem no Brasil, e quais as soluções a Marca Ambiental possui para reverter esse quadro.
O que é reciclagem
Por definição da lei brasileira, a reciclagem é um processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes.
Em outras palavras, a reciclagem nada mais é do que a recuperação de partes utilizáveis dos resíduos, originados do sistema de produção e por meio do consumo, para reintroduzi-los no ciclo de produção de que provêm (ou a outro ciclo).
Dessa forma, a reciclagem pode ir de atos mais simples, a transformações mais complexas. A reciclagem está diretamente ligada ao conceito de logística reversa. Por meio disso, os setores públicos e privados são exigidos de ter mais transparência no gerenciamento de resíduos, demonstrando qual é o caminho percorrido desde a produção, distribuição, descarte e retorno.
Esse conceito foi definido a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de acordo com a Lei nº 12.305/10, que define as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos em suas diferentes tipologias. Sejam domésticos, industriais, eletrônicos, e até mesmo químicos, o descarte de diferentes tipos de resíduos deve ser reaproveitado com o intuito de poupar recursos naturais, energia, recursos financeiros, e também reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Como é a reciclagem no Brasil
Segundo dados da PNRS, em conjunto com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), de todos os resíduos descartados pelos brasileiros, 30% deles são possíveis de serem reciclados.
No entanto, apenas 3% dos resíduos urbanos realmente passam por esse processo. Os dados mais recentes indicam que o Brasil continua em déficit nesse serviço, no qual 6,3 milhões de toneladas de resíduos seguem abandonados no meio ambiente todos os anos.
Os números parecem grandes demais para a nossa realidade, uma vez que não temos tanto contato com nossos próprios resíduos quando os descartamos. Mas, para se ter uma ideia, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), se todo o plástico que descartamos fosse 100% reciclado, o país poderia lucrar até R$ 5,7 bilhões, devolvendo esse valor à economia.
Tipos de materiais que podem ser reciclados
Os principais materiais reciclados atualmente são o papel, o plástico e o alumínio. Eles são os materiais de maior expressão e abundância no mercado, o que acende o alerta para o processo de descarte e logística reversa.
Dentre os principais resíduos produzidos pelo Brasil, o plástico PET é o que representa o maior índice de reciclagem (com 51%). Como sua decomposição demora cerca de 300 a 400 anos para ser completada, retorná-lo à cadeia produtiva é uma maneira de evitar o acúmulo e a própria incapacidade de recursos para descartá-lo propriamente.
O Brasil, comparado a outros países do mundo que realizam a reciclagem ativamente, ainda recicla pouco para a quantidade de plástico que produz (cerca de 10,5 milhões de toneladas ao ano). Por isso, a estratégia mais eficaz é a prática do consumo de forma mais consciente ou até mesmo a proibição de determinados tipos de materiais (como canudos, copos descartáveis e embalagens de uso único, seguindo o exemplo de outros países, como o Japão e os Estados Unidos).
Com relação ao alumínio, o cenário é um pouco diferente. Atualmente, esse material representa o maior percentual de reciclagem no país, com 97,9% de reciclagem. Por ter um valor de mercado mais significativo, as empresas que produzem essas embalagens possuem um alto índice de reciclagem, envolvendo inúmeras pessoas que se beneficiam desse processo.
Outro material que tem um percentual de reciclagem considerado é o papel. De acordo com a Associação Nacional dos Aparistas de Papel, 63,4% já retornam ao mercado através da reciclagem.
Já o vidro, ainda que seja um material infinitamente e totalmente reciclado, ainda oscila entre 45% e 50% de reciclagem. Como tem menos valor agregado, uma das principais vantagens é o baixo custo de produção, mas, em contrapartida, existem poucas iniciativas para sua reciclagem.
E qual é a solução para a reciclagem?
Estima-se que 18% da população, atualmente, é contemplada com a coleta seletiva. Através desses materiais previamente separados, eles podem ser redistribuídos para empresas que realizam todo o processo de higienização, esterilização, avaliação e, por fim, reaproveitamento.
Um dos exemplos disso é a empresa Green Vix, parte da Central de Tratamento de Resíduos da Marca Ambiental (CTR Marca). Especializada em vidros (independente de cores, tipos e tamanhos), o material, por ser facilmente maleável, é derretido e transformado em outros produtos, como novas garrafas, potes, copos e afins.
Outro exemplo é o óleo de cozinha, um dos principais vilões no ambiente doméstico, também não deve ser descartado diretamente na pia. Por isso, a Marca Ambiental também conta com a BioMarca, que promove a coleta e o retorno desse produto ao mercado. Ao final de sua vida útil, o óleo pode ser transformado em biocombustível, sabão e outros insumos.
O principal objetivo da Marca Ambiental é oferecer todas as soluções para diferentes tipologias de resíduos, sejam eles sólidos ou líquidos, e expandir o processo para diferentes regiões. Para conhecer mais sobre o nosso parque de ecoindústrias, e entender mais sobre todos os processos da nossa teia de soluções, você pode realizar uma tour virtual clicando aqui!