Marca Ambiental inicia construção de usina de biometano e prevê inauguração para o segundo semestre

5 de fevereiro de 2025

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A Marca Ambiental iniciou a construção de sua usina de biometano em Cariacica, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2025. Este projeto representa um marco no avanço das energias renováveis no Espírito Santo, alinhado à recente aprovação da Lei Federal Combustível do Futuro, que promove a utilização de biocombustíveis como substitutos dos combustíveis fósseis. A iniciativa da redução do ICMS sobre o gás natural no estado, em 2023, que passou de 17% para 12%, foi um fato animador para projetos do segmento. Com as últimas leis aprovadas em dezembro, GNV, biogás e biometano também tiveram a mesma redução a partir de 1º de janeiro deste ano, impulsionando ainda mais a transição energética e a sustentabilidade no estado.

 

A iniciativa da Marca Ambiental está alinhada às metas do Plano de Descarbonização e Neutralização das Emissões de GEE do Espírito Santo, publicado em 2024. O plano estabelece estratégias e metas até 2050 para que o estado atinja a Race to Zero (Corrida para o Zero), em conformidade com o pacto firmado com a Organização das Nações Unidas (ONU). Esse alinhamento reforça o compromisso do Governo do Estado com a redução de emissões e o fortalecimento de uma economia sustentável.

 

Política estadual de biometano

 

Esses movimentos estão alinhados à recém-criada Política Estadual de Biometano, que tem como objetivo incentivar a produção e o consumo de biocombustível renovável. Essa política busca fomentar o desenvolvimento de uma cadeia produtiva local, promovendo a inclusão de biocombustíveis na matriz energética do Espírito Santo e criando oportunidades econômicas.

 

Biometano: energia limpa que transforma lixo em solução

 

Desde 2018, a Central de Valorização de Resíduos da Marca Ambiental opera a primeira usina termelétrica do Espírito Santo, que converte o biogás gerado pela decomposição de resíduos orgânicos em energia elétrica. Agora, com a construção da usina de biometano, o projeto avança na valorização dos resíduos, produzindo um gás renovável que substitui o gás natural fóssil. O biometano contribui para a descarbonização e redução de emissões, com aplicações em veículos e indústrias.

 

Esse é um exemplo claro de como aterros sanitários podem ser mais do que locais de destinação final de resíduos. Quando operados de forma sustentável e inovadora, tornam-se catalisadores de soluções ambientais e econômicas, evidenciando seu imenso potencial para integrar a matriz energética renovável e impulsionar a economia circular. Essa abordagem reforça que, longe de serem um problema, os aterros sanitários podem ser transformados em ferramentas estratégicas para a transição energética e a sustentabilidade.

 

Competitividade e inovação

 

Diogo Ribeiro, diretor de energias renováveis da Marca Ambiental e Grupo Marca, destacou que a nova Lei foi essencial para viabilizar a competitividade do projeto da usina de biometano. “A competitividade é muito difícil de ser alcançada quando comparamos as escalas dos projetos. Estamos falando de uma usina que precisa purificar o biogás do aterro sanitário, competindo com as gigantes do petróleo que, muitas vezes, até queimam o gás produzido. Dessa forma, ao reduzir o ICMS, conseguimos trabalhar com preços melhores, sem impactar no valor final do produto”, explicou.

 

Além da usina de Cariacica, a Marca Ambiental está acelerando estudos para viabilizar a produção de biometano no aterro de Linhares. “Esse é um aterro compacto, mas com a redução do ICMS, ele poderá entrar em operação muito antes do esperado”, complementou o diretor.

 

Sustentabilidade e desenvolvimento econômico

 

Com a usina de biometano, a Marca Ambiental reforça seu compromisso com a sustentabilidade, transformando o lixo em uma fonte de energia renovável que reduz emissões e promove uma economia circular. A iniciativa também está alinhada ao Programa ES Mais+Gás, que busca consolidar o Espírito Santo como referência na transição energética no Brasil.

 

A construção da usina de biometano é um marco para o estado e para a Marca Ambiental, reafirmando a liderança no setor de resíduos e energias renováveis, ao mesmo tempo em que contribui diretamente para as metas climáticas do Espírito Santo, alinhadas ao compromisso do Governo do Estado com o futuro sustentável